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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Diretoria Tricolor: SPFC contrata Fernandão

Diretoria Tricolor: SPFC contrata Fernandão

Hino do SPFC

Salve o tricolor paulista,
Amado clube brasileiro,
Tu és forte, tu és grande,
Dentre os grande és o primeiro,
Tu és forte, tu és grande,
Dentre os grande és o primeiro,
*
Oh, tricolor,
Clube bem amado,
As tuas glórias,
Vêm do passado,
Oh, tricolor,
Clube bem amado,
As tuas glórias,
Vêm do passado,
*
São teus guias brasileiros,
Que te amam eternamente,
De São Paulo tens o nome,
Que ostentas dignamente,
De São Paulo tens o nome,
Que ostentas dignamente,
*
Oh, tricolor,
Clube bem amado,
As tuas glórias,
Vêm do passado,
Oh, tricolor,
Clube bem amado,
As tuas glórias,
Vêm do passado,
*
Trazes glórias luminosas,
Do Paulistano imortal,
Da Floresta também trazes,
Um brilho tradicional,
Da Floresta também trazes,
Um brilho tradicional,
*
Oh, tricolor,
Clube bem amado,
As tuas glórias,
Vêm do passado,
Oh, tricolor,
Clube bem amado,
As tuas glórias,
Vêm do passado.

Bem Vindo

Aqui é o Blog pra tratar tudo sobre o SPFC...

Seja Bem vindo...

Vamos falar da História do SPFC...

história do São Paulo Futebol Clube começou a se desenhar em 1900, quando o Club Athlético Paulistano foi fundado. O Paulistano logo se destacou, tornando-se a grande potência do futebol paulista e brasileiro no início do século XX. O Paulistano se recusava a aderir ao iminente profissionalismo do futebol, e alguns dissidentes juntaram-se à Associação Atlética das Palmeiras, que possuía o melhor estádio da época, mas estava com muitas dívidas, para fundar o São Paulo.[1]
A trajetória do São Paulo mostra como e por que o clube é o mais vitorioso do futebol brasileiro[2] com a maior quantidade de conquistas nos três principais torneios de futebol disputados por clubes brasileiros, o Campeonato Brasileiro (seis títulos), a Copa Libertadores da América (três títulos) e o Campeonato Mundial de Clubes (três títulos).


O Tricolor Paulista — 1930 a 1934



Placas das fundações do clube em 1930 e 1935 expostas no memorial Luiz Cássio dos Santos Werneck. (Imagem: tales.ebner)
No dia 27 de janeiro de 1930, às 14 horas, foi assinada a ata de fundação do São Paulo Futebol Clube, da Floresta, no número 28 da Praça da República[4], nascido da união entre a Associação Atlética das Palmeiras e o Club Athlético Paulistano, ficando como data magna do clube o dia 25 de janeiro de 1930[5], dia e mês de preferência de seus fundadores por se tratar da data em que foi fundada a cidade de São Paulo.[6]
Entretanto, a real data de fundação é dúbia, por ser apresentada de maneira diferente nos meios de comunicação. Para o clube, como já foi dito, ela aconteceu no dia 25 de janeiro de 1930.[5] Para uma alguns meios de comunicação a fundação ocorreu no dia 26 de janeiro[6][7] devido aos atrasos na confecção do estatuto, que fez com que a assembleia de fundação ocorresse somente nesse dia.[6] Porém o referido dia era um domingo. Cabe-se concluir, portanto, que a ata teria sido registrada no dia 27 de janeiro conforme corroboram o jornal A Gazeta Esportiva[4] e a própria FIFA.[8]
Para a criação do novo clube, sessenta integrantes do Club Athlético Paulistano decidiram ceder seus jogadores campeões paulista de 1929, enquanto a Associação Atlética das Palmeiras entraria com seu estádio, a Chácara da Floresta.[6] Conservando as tradições do passado, o uniforme do novo clube estamparia as faixas vermelhas e pretas em homenagem aos dois clubes fundadores. Seu escudo e sua camisa foram desenhados pelo estilista alemão Walter Ostrich,[9] com a colaboração de Firmiano de Morais Pinto Filho, um dos presentes à fundação. O nome escolhido para endossar o desejo de fundar um clube que representasse a cidade nos âmbitos mais variados não foi outro senão São Paulo Futebol Clube, que ficou conhecido como São Paulo da Floresta apenas recentemente devido à localização de seu estádio.[6] A primeira diretoria foi formada por: Edgard de Souza Aranha (presidente), Alberto Caldas (primeiro vice), Gastão Tachou (segundo vice), Benedito Montenegro (terceiro vice), Luís de Oliveira Barros (primeiro secretário), José Martins Costa (segundo secretário), João B. da Cunha Bueno (primeiro tesoureiro) e Caio Luís Pereira de Souza (segundo tesoureiro).[10]


Primeiro treino da equipe. À esquerda o time "A" com a camisa do Paulistano e à direita o time "B" com a Camisa da Palmeiras.
Os primeiros anos do clube coincidiram com acontecimentos que marcaram época no futebol brasileiro. Pois foi 1930 o ano da primeira Copa do Mundo, e apenas a partir dele que uma partida passou a ser disputada em dois tempos de 45 minutos. E apenas em 1933 é que o primeiro jogo profissional do país foi disputado, com a equipe do São Paulo sendo uma das protagonistas juntamente ao Santos.[6]
Sobre esse primeiro jogo do profissionalismo, cabe ressaltar que foi nele que o apelido do Santos, "peixe", foi dito pela primeira vez. Tratou-se de uma provocação, antes do início do jogo, da torcida tricolor com os jogadores do clube praiano, chamando-os de "peixeiros" de maneira pejorativa.[6] A torcida santista retrucou dizendo "Somos peixeiros, e com muita honra!". A partir daí o apelido foi adotado pelo clube santista, e a mascote, a Baleia, foi criada.[11]


Jogadores do primeiro título ganho pelo clube, o Paulista de 1931.
Desde seu início demonstrou ser um clube democrático, pois aceitava de modo irrestrito jogadores de qualquer etnia, classe social ou origem. Também foi o único clube da capital paulista a ter um ex-jogador — Roberto Gomes Pedrosa — como presidente.[6] Como conquistas, o Tricolor Paulista venceu o Campeonato Paulista de 1931 em seu segundo ano de vida, e conseguiu sagrar-se vice em 1930, 1932, 1933 e 1934. Foi também vice-campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1933. Portanto, o Tricolor Paulista, clube recém-fundado, estava no topo do futebol local, um fato extraordinário, mas nem tanto se levadas em considerações suas origens vencedoras.[6][1]
O São Paulo comprou, então, uma nova sede, suntuosa, localizada na Rua Conselheiro Crispiniano (no centro da cidade), um pequeno palácio conhecido como "Trocadero", ao custo de 190 contos de réis.[1] Essa dívida era grande para a época, porém o clube, detentor de um campo como o da Floresta e um quadro de jogadores que valia muito, não se deixava abalar por isso. Porém alguns dirigentes do clube, que andavam descontentes com os rumos do futebol no país, resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê e acabar com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável à continuidade do clube e liderado por Paulo Sampaio foi à Justiça e, no dia 23 de abril de 1935, impugnou o direito de a diretoria fundir o clube com o Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.[4]


Equipe do São Paulo Futebol Clube, da Floresta, em 1932.
Os próprios jogadores foram contra tudo o que estava ocorrendo. Tanto é que se juntaram para formar o efêmero Independente Esporte Clube. Os atletas remanescentes do São Paulo foram, porém, atraídos por outros clubes, e o Independente acabou extinto.[4]
Os sócios obtiveram ganho de causa mesmo após a defesa da diretoria do clube. A diretoria não teve outra saída senão convocar uma assembleia geral. Porém o artigo 2.º dos estatutos do clube à época dizia que somente os "sócios-fundadores", considerados "proprietários" do clube e que somavam duzentos, poderiam compor a assembleia. Como a maioria deles era ligado à diretoria, a fusão foi aprovada em 14 de maio de 1935.[4] Nesse dia, debaixo de chuva, o departamento de futebol foi oficialmente extinto e desfiliado da APEA.[6] Com a fusão, a parte administrativa foi fundida ao Tietê, que incorporou todos os patrimônios físicos e, em troca, quitaria os débitos do clube e não poderia usar as cores, uniformes e símbolos do São Paulo. Surgia assim o Tietê-São Paulo.[6]
[editar]O Clube da Fé — 1935 a 1939

Após a fusão com o Tietê, antigos sócios do Tricolor Paulista, inconformados com tudo o que ocorrera, decidiram manter vivas suas convicções sobre o clube, fundando assim o Grêmio Tricolor. Funcionou, pois em 4 de junho de 1935, 235 antigos sócios fundam o Clube Atlético São Paulo. Mesmo assim, o sonho era difícil de ser levado adiante sem dinheiro. Mas eis que após reuniões diárias no escritório da família Mecca e num café da galeria Pirapitingui renascia das mãos de 20 insistentes tricolores,[7] no ensolarado dia de 16 de dezembro de 1935 e após a reunião no escritório de advocacia de Sílvio Freire, localizado em uma das salas do prédio número 9-A da Rua XI de Agosto[10] — onde hoje está a Praça da Sé —, o São Paulo Futebol Clube.[6] A primeira diretoria foi composta por Manoel do Carmo Mecca (presidente), Alcides Borges (primeiro vice), Francisco Pereira Carneiro (segundo vice), Éolo Campos (primeiro secretário), Luís Felipe de Paula Lima (segundo secretário), Manoel de Arruda Nascimento (primeiro tesoureiro), Isidoro Novaes (segundo tesoureiro) e Porfírio da Paz (diretor-geral de esportes).[10][1]
“ Aos 16 dias do mês de dezembro de 1935, nessa cidade de São Paulo, às 20 horas, numa das salas do prédio 9-A, da Rua XI de Agosto, perante grande número de pessoas interessadas, que atenderam a um convite feito por intermédio da imprensa pela diretoria do Grêmio Tricolor, realizou-se a assembléia que teve por fim fundar o São Paulo FC. Na qualidade de um dos seus diretores do Grêmio Tricolor, presente à reunião, o Sr. Tenente José Porfírio da Paz, depois de expor os motivos da convocação da assembléia, pediu que indicassem um dos presentes àquela reunião, para dirigir os trabalhos. Por unanimidade foi indicado o nome do Sr. Tenente Porfírio da Paz que, assumindo a presidência da mesa, escolheu para seus secretários os Srs. Éolo Campos e Francisco Pereira Carneiro.
Depois de agradecer a sua indicação, o Sr. Presidente deu conhecimento da ordem dos trabalhos que obedeceu à seguinte ordem do dia: a) leitura, discussão dos estatutos; b) eleição da diretoria; c) admissão de sócios como fundadores; d) isenção de jóias; e) convocação da nova assembléia para eleição do Conselho Deliberativo e Fiscal; f) registro dos estatutos.


— Ata da reunião da refundação do clube, [10]

Ficou a cargo de Porfírio da Paz a formação de um novo elenco para o clube que agora era pobre e sofria, pois alguns não acreditavam que poderia voltar à grandeza do São Paulo anterior.[12] Feita a listagem dos jogadores, passou a ir a todas as rádios a fim de arrecadar dinheiro para as contratações. Porfírio chegou a gastar sua fortuna particular e a vender parte considerável de seu patrimônio para ajudar o clube. Mesmo assim, os resultados não foram animadores, o montante arrecadado não era grande e a maioria dos primeiros jogadores era de moradores da periferia e de origem muito humilde. Enquanto Porfírio se encarregava de angariar fundos e jogadores na própria capital, o presidente Manoel do Carmo Mecca e o treinador Del Debbio viajaram até a capital paranaense para contratar o já conhecido goleiro King, que viria a ser primeiro goleiro negro a jogar por um clube paulista e inventor da ponte. O primeiro treino do clube foi um jogo contra o Clube Atlético Paulista no campo da Rua da Mooca, e o tricolor venceu por 7 a 3. Já a nova sede foi inaugurada na praça Carlos Gomes, número 38, ao dia 24 de janeiro de 1936.[6]


Plantel do clube em seu primeiro jogo após a refundação.
O clube bem que pretendia estrear no próprio ano de 1935, mas, por conta da fusão e da desfiliação da APEA, não foi possível. Dessa maneira, a estreia do novo clube foi marcada para 25 de janeiro de 1936, contra a Portuguesa Santista, no estádio Antônio Alonso. No mesmo dia do jogo havia uma comemoração para o aniversário da cidade na Avenida Paulista, e uma portaria baixada pela Secretaria de Educação impedia a realização de manifestações ou eventos que pudessem, de alguma forma, rivalizar com a parada. Faltando pouco tempo para o início do jogo, Porfírio foi até a Paulista a fim de convencer o médico Cantídio Campos, então secretário municipal da Educação, a autorizar a partida. Porfírio subiu no palanque e argumentou a favor do time que leva as cores e o nome da cidade. Cantídio aceitou os argumentos e autorizou em seu próprio bloco de receitas a abertura dos portões e posterior realização do jogo. Porém, na hora de ir ao estádio, não havia bondes circulando pela cidade. Foi então que Porfírio, mais uma vez ele, alugou com seu próprio dinheiro carros para levar jogadores e torcedores para a partida.[6]
Nos primeiro anos dessa nova vida o clube era conhecido pelas outras agremiações e seus respectivos torcedores como um time de pobretões. Não bastasse isso, a imprensa de um modo geral, além de também os chamarem de pobres, tratava o clube pelos nomes de "Júnior", "Clube n.º 2" e "São-Paulinho". No entender de grande parte da população paulistana, a nova agremiação não poderia chegar às glórias da anterior e sequer chegar ao mesmo patamar de Corinthians e Palestra Itália.[6] Porém, após tantos empecilhos e ressurreições, ganhou em 1937 o apelido de "Clube da Fé", dado pelo jornalista Thomaz Mazzoni, que perdura até hoje.[6][1][12]

“ Recentemente, surgiu o São Paulo FC Júnior com as mesmas pretensões do antigo. Se o novo São Paulo veio ao mundo da bola sem os haveres, fama e prestígio dos seus antepassados, trouxe a maior das riquezas: a fé no seu destino, o amor ao seu hoje. Somente a fé poderia levar o atual Tricolor a nascer como um clube varzeano qualquer e tornar-se logo uma agremiação no caminho reto do progresso do futebol superior. O Clube da Fé, como merece ser chamado o atual São Paulo FC (…) ”

— Thomaz Mazzoni, [12]



Torre da igreja da Consolação, onde se concentrava metade do time. (Imagem: Dornicke)
Nessa época o clube não possuía sócios, fonte de renda e sequer patrimônio. Treinava e jogava onde deixavam. Não havia nem lugar para fazer a concentração, que tinha que ser improvisada com metade do elenco na casa do presidente Frederico Menzen e outra metade nos beliches que havia na torre da igreja da Consolação, paróquia do Monsenhor Bastos, ilustre são-paulino. Os treinos eram por vezes realizados no pátio da própria igreja junto ao local onde os congregados marianos jogavam basquete. Quando havia disponibilidade o time treinava no campo da Várzea do Glicério, mas com a condição de desocupar o local assim que os times, donos do campo, chegassem.[6]


Time do São Paulo em 1938.
Porém, mesmo com toda a força de vontade e fé de seus dirigentes e o forte apelo popular herdado do Paulistano e do Palmeiras, a verdade é que os jogadores do São Paulo, com raras exceções, eram fracos tecnicamente. O time conseguiu apenas um oitavo lugar no Paulista de 1936 e um sétimo lugar no ano seguinte.[7] Isso seria resolvido com uma nova fusão: em 1938 o Clube Atlético Estudante Paulista, fundado em maio de 1935 por dissidentes do São Paulo, fez uma excursão ao Chile e ao Peru, em que o empresário fugiu com o dinheiro arrecadado, deixando o clube às portas da falência. O São Paulo, sabendo da situação, resolveu propor uma fusão, pois o Estudante era formado por bons jogadores e possuía o estádio Antônio Alonso; já o São Paulo possuía torcida, carisma e as contas em dia. Sobrou a dúvida sobre o nome do clube. Os tricolores alegavam que eram mais antigos e que já possuíam uma tradição, além de levar o nome e as cores do estado. Pois foram esses argumentos que prevaleceram, com a condição que o novo presidente fosse alguém neutro, ligado aos dois clubes, Piragibe Nogueira. Outra decisão foi a de que sócios de ambos os clubes teriam seus números de matrícula zerados para facilitar a fusão. O São Paulo então arrecadou o dinheiro para saldar a dívida, e o acordo foi então fechado. Em 25 de agosto de 1938 o novo time estreou, já contando em seu quadro de atletas com metade do time do Estudante, entre eles Roberto Gomes Pedrosa, futuro presidente do clube. A nova sede ficaria no prédio da Rua Dom José de Barros, número 337, na República.[6]


Foto do escrete tricolor após a conquista do vice-campeonato de 1938.
Curioso notar que semanas antes da fusão, em 3 de julho de 1938, o São Paulo promoveu o "Festival do São Paulo FC", que oferecia a Taça Henrique Mündel ao vencedor justamente para arrecadar fundos, apesar de a situação financeira do clube já estar estabilizada.[13] Como clube organizador, o São Paulo participou do quadrangular entre Portuguesa, Corinthians e Palestra Itália, com o Corinthians conquistando o título. Por ser um torneio de cunho amistoso promovido pelo São Paulo, os clubes participantes concordaram em não cobrar entradas, ficando a cargo de quem fosse assistir aos jogos a decisão de pagá-las, e que a eventual renda seria destinada ao tricolor, não havendo doação, portanto.[13]
Após a fusão, e já com um time capacitado, o tricolor chegou ao vice-campeonato do Paulista de 1938 — poderia ter sido campeão não fosse o gol de empate do atacante corintiano Carlinhos, feito com a mão e validado pelo juiz de forma polêmica (o empate dava o título ao Corinthians).[14] Já no ano de 1939 os jogadores ainda estavam se adaptando, tanto é que conseguiram apenas o quinto lugar no Paulista daquele ano.[7] Nessa mesma época o clube começou a estimular a prática de outros esportes que não o futebol.[15]
O São Paulo foi pioneiro em torcidas organizadas. Em 1939 o cardeal são-paulino Manoel Raymundo Paes de Almeida fundou na Mooca o Grêmio são-paulino, que depois se transformaria na TUSP — Torcida Uniformizada do São Paulo. Ela era uma torcida entusiasmada e que fazia comemorações por conta própria com serpentinas e confetes.[16]
[editar]O Mais Querido — 1940 a 1949



Estádio do Pacaembu, onde o clube conquistou o apelido de "O Mais Querido". (Imagem: Heitor Carvalho Jorge)
Após o dia 27 de abril de 1940, com a inauguração do estádio do Pacaembu, o futebol paulista nunca mais foi o mesmo. A partir daquela data a cidade contava com o até então maior e mais moderno estádio da América Latina, com capacidade para 70 mil torcedores. Isso fez com que o eixo do futebol fosse deslocado do Rio de Janeiro para São Paulo, passando a ser não só um evento esportivo, mas social também. Era o período da ditadura Vargas, em que eram proibidas ostentações das bandeiras estaduais.[6][17]


Cartaz paulista contra a ditadura. (Imagem: CPDOC/CDA Roberto Costa)
As pessoas começaram a chegar cedo, por volta de 10 horas, e na hora das festividades estima-se que o público estivesse entre 60 mil e 80 mil. Muitas autoridades se fizeram presentes nas tribunas de honra, entre elas Getúlio Vargas, presidente da República, por quem os paulistas não nutriam muita admiração. As festividades tiveram início com o desfile de delegações da Argentina, Uruguai, Peru, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, interior de São Paulo e, claro, dos clubes da cidade de São Paulo. As equipes de Corinthians e Palestra Itália foram as primeiras a entrar, sendo ovacionadas pelos presentes, mas nada comparado à entrada do Tricolor Paulista. O estádio inteiro e os locutores de todas as rádios, revoltados com a censura, driblaram-na ao aplaudir de pé a entrada da delegação tricolor — que trazia, além do nome, as cores da bandeira paulista — como uma resposta ao presidente, odiado em São Paulo desde a Revolução Constitucionalista de 1932. O público presente se levantou para saudar a delegação e, apontando para a tribuna onde estava Getúlio Vargas, gritavam o nome do time.[6]

“ O público esportivo propriamente dito demonstrou quanto é querido o S. Paulo F.C., pois, ainda que apresentasse pequena turma, recebeu calorosas palmas, sendo o nome ovacionado deliberadamente. ”

— Folha da Manhã, [6]

No dia seguinte, o jornal A Gazeta Esportiva estampou em sua capa a manchete "O Clube Mais Querido da Cidade". Passado mais um tempo, o DEIP — Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda — promoveu um concurso público entre torcedores de todas as agremiações da época para saber realmente qual era o clube mais querido pelos cidadãos da cidade. Com Corinthians e Palestra Itália sendo favoritos — pois possuíam as maiores torcidas —, o vencedor acabou sendo o São Paulo, com 5 523 votos, mais que a soma de votos dos seus dois principais concorrentes: foram 2 671 votos para o Corinthians e 2 593 para o Palestra. Portanto, o São Paulo é oficialmente "O Mais Querido", slogan que figura até hoje entre os impressos de correspondência do clube.[6]
No mesmo ano, em 19 de maio, o São Paulo recebeu a taça do primeiro título oficial conquistado no Pacaembu, o Torneio Início do Campeonato Paulista, em cima do arquirrival Corinthians.[6] No torneio que valia a taça estadual, porém, ficou apenas em sexto lugar. Em 1941 o time alcançou o vice-campeonato estadual, voltando, então, a flertar com o título.[7]


Leônidas da Silva junto com outro ídolo tricolor, Friedenreich.
Em 1942 o São Paulo passaria a ter um divisor de águas na sua história, Leônidas da Silva. Já com certa fama nacional, ele fez um jogo, em dezembro de 1932, pelo selecionado nacional, contra a equipe do Uruguai e marcou os dois gols da vitória por 2 a 1. Pela sua atuação ganhou o apelido de "Diamante Negro". Seu outro apelido conquistado foi "Homem de Borracha", pela sua atuação no jogo contra a Tchecoslováquia, em que, além de marcar dois gols, executou sua jogada mais famosa, a bicicleta. Pois Leônidas estreou em 24 de maio de 1942 contra o Corinthians e terminou o campeonato elevando o time ao terceiro lugar, já com esperanças de um futuro promissor.[6] Leônidas foi o divisor de águas da história são-paulina, pois o clube até então havia ganhado apenas um estadual, em 1931, e a partir do momento em que estreou o São Paulo angariou diversos títulos.[6]
Por conta do grande público (70 281 pessoas, recorde de público do Pacaembu de todos os tempos) e pela importância dessa partida da estreia de Leônidas, o clássico entre o Tricolor e o Alvinegro Paulista ficou conhecido como Majestoso, apelido dado pelo jornalista de A Gazeta Esportiva Thomaz Mazzoni.[6]


António Sastre, jogador argentino que compôs a esquadra tricolor de 1943 a 1946
Nesse mesmo ano o Brasil passava por um momento histórico delicado. No meio da Segunda Guerra Mundial, aflorava um sentimento anti-italiano no país devido ao fato de a Itália pertencer ao Eixo. Ainda nesse aspecto, o governo instaurou uma dura repressão aos países que estivessem contra os Aliados.[6][18][19] Dessa maneira, instituições alemãs e italianas foram fechadas, mudaram de nome ou sofreram intervenção direta do governo, entre os clubes pode-se citar o Cruzeiro Esporte Clube, que também chamava-se Palestra Itália e que mudou de nome. Os alviverdes, no entanto, acreditam que a perseguição foi motivada pelo São Paulo, que nutria interesse em tomar para si o estádio Palestra Itália e que obrigou o Palestra Itália a mudar seu nome para Palmeiras. Oberdan Cattani, goleiro palestrino, disse certa vez que o São Paulo mandava na Federação Paulista e por isso agia daquela maneira. Esquecem-se, porém, que o Tricolor Paulista ainda era um time de menor expressão e que Getúlio Vargas não nutria muita simpatia pelo clube após os acontecimentos da inauguração do Pacaembu.[6] Ainda no mesmo ano o São Paulo se associou à Deutsch Sportive — que também sofria preconceitos por sua origem alemã — e passou a ter um campo para treinamentos, o Canindé.[20] Apesar de ser uma associação, o terreno do Canindé — equivalente a 70 mil metros quadrados — foi comprado pelo equivalente a 740 contos de réis. O São Paulo passaria a ser conhecido como Tricolor do Canindé.[6]
Na reunião que definiria o calendário do Paulista de 1943 na sede da Federação Paulista, um dirigente do Corinthians disse que o encontro não era necessário, pois, ao lançar uma moeda ao ar, o campeão seria definido: se desse cara, o campeão seria o Corinthians e, se desse coroa, o Palmeiras — antigo Palestra Itália. Ao ser questionado sobre o São Paulo pelo representante tricolor, o dirigente respondeu que se a moeda parasse em pé o campeão seria o São Paulo — e, se parasse no ar, a Portuguesa.[21] Realmente, até aquele momento o Tricolor era tratado com um time mediano que não rivalizava com os rivais supracitados. Dessa maneira se iniciou o campeonato, com o São Paulo disposto a quebrar a hegemonia de Corinthians e Palmeiras. No último jogo, contra o Palmeiras, o São Paulo segurou um empate sem gols e faturou o título: a moeda caiu em pé.[6] Por conta dessa conquista, o então Grêmio são-paulino fez uma marcha à noite com um carro alegórico que continha uma moeda em pé somente para ir buscar a Taça dos Invictos no prédio de A Gazeta Esportiva.[16]
A década de 1940 foi a mais rentável em termos de títulos para o tricolor até então: foram cinco, com direito a dois bicampeonatos — Paulista de 1945/Paulista de 1946 e Paulista de 1948/Paulista de 1949 — e um título invicto — Paulista de 1946.[6][7] Esse time ficou conhecido como "Rolo Compressor" — quando entrava em campo desconhecia-se apenas o placar, pois a vitória era garantida — e serviu para estabilizar o São Paulo como associação esportiva, já que a partir dessa época o clube desenvolveu de maneira rápida inúmeras atividades.[22]
Com a hegemonia do São Paulo, atrelada à recente acusação sobre a tomada do Palestra Itália e a disputa pelos títulos entre os clubes, o clássico ganhou em importância e foi apelidado, novamente por Thomaz Mazzoni, como Choque Rei.[23] Também foi a partir dessa década que o clube passou a formar, junto a Corinthians e Palmeiras, o chamado Trio de Ferro.[6]
Nessa época foram criados os departamentos de atletismo, esgrima, pugilismo, vôlei e xadrez, todos eles em 1943.[10], basquete[24] Alguns deles, porém, não tiveram tanto êxito e acabaram fechando após alguns anos, como as atividades de esgrima, xadrez e vôlei, sendo que a última voltaria à ativa em meados da década de 1970.[10] Dentre os muitos departamentos criados, o de atletismo merece destaque, pois logo em seu segundo ano, 1944, conquistou uma série de catorze títulos paulistas, que acabariam somente em 1957. Porém já em 1961 conquistaria esses mesmos títulos até 1966, sendo, portanto, campeão por 20 vezes em 25 anos.[25]
[editar]Onze camisas, uma bandeira e muitas dívidas — 1950 a 1959



De Sordi em homenagem pelos 50 anos da conquista da Copa do Mundo de 1958. (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
A década de 1950 começou com bastante expectativa sobre o time que havia conquistado o decênio anterior.[6] Além disso, em 4 de janeiro de 1950 Leônidas marcou seu último gol pelo clube e após mais três partidas se aposentou, em 21 de janeiro. Todos queriam saber como seria o time sem seu maior jogador.[7] Pois no fim da década anterior começara a ganhar força um movimento para a construção de um estádio à altura das conquistas do clube. O então presidente Cícero Pompeu de Toledo encabeçou o grupo que era a favor do estádio, com a justificativa de que o clube não poderia apenas ganhar títulos, precisava também crescer patrimonialmente.[6] Havia muitas pessoas, até de dentro do próprio clube, contra a construção. Diziam que seria uma loucura que poderia prejudicar muito as finanças do clube, pois o projeto não visava apenas à construção de um grande estádio, mas sim do maior estádio particular do mundo.[6]

“ Fazer o difícil na hora e o impossível um pouco depois. ”

— Cícero Pompeu de Toledo, [26]

A ideia original era construir o estádio no próprio terreno do Canindé, mas com a construção da Marginal Tietê dois terços do terreno — cerca de 20 mil metros quadrados — foram desapropriados pela prefeitura, e a construção de um estádio no local foi então descartada.[26] Com esse primeiro contratempo, Luís Campos Aranha disse a Pompeu de Toledo que sabia quem poderia arrumar o clube para que o estádio fosse construído. Esse alguém era Laudo Natel, diretor financeiro do Bradesco e são-paulino.[10] Para conseguir um empréstimo junto ao banco, o São Paulo precisava sanar suas dívidas.[26] Para tal, Natel sugeriu a venda do único patrimônio do clube, o Canindé. O campo de treinamento foi então vendido a Wadih Sadi, conselheiro do clube,[6] com a condição que o clube pudesse continuar treinando por lá até que tivesse outro local.[26]

“ Não podemos ser um clube de onze camisas, uma bandeira e muitas dívidas nos assustando. ”

— Laudo Natel, [10]

Fonte Wikipédia...


Escalação Paulistão 2010



Jogador
01 Rogério Ceni
22 Bosco
33 Denis
Defensores e laterais
N.º Jogador Pos.
3 Alex Silva Z
4 André Luís Z
5 Miranda Z
13 Xandão Z
14 Renato Silva Z
21 Adrián González LD
23 Cicinho LD
32 Wagner Diniz LD
6 Júnior César LE
34 Diogo LE
Meio-campistas
N.º Jogador Pos.
2 Jean V
8 Cléber Santana V
18 Rodrigo Souto V
20 Richarlyson V
28 Wellington V
7 Jorge Wagner M
10 Hernanes M
16 Marlos M
26 Carlinhos Paraíba M
27 Léo Lima M
30 Oscar M
36 Sérgio Mota M
Atacantes
N.º Jogador
9 Washington
11 Marcelinho Paraíba
12 Fernandinho
19 Roger
25 Dagoberto
29 Henrique
Técnico
Ricardo Gomes

E O MAIS NOVO JOGADOR CICINHO....

Titulos


Mundiais
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 1
(2005)
Copa Europeia/Sul-Americana: 2
(1992, 1993)
Continentais
Copa Libertadores da América: 3
(1992, 1993, 2005)
Recopa Sul-Americana: 2
(1993, 1994)
Supercopa Libertadores: 1
(1993)
Copa Conmebol: 1
(1994)
Copa Master da Conmebol: 1
(1996)
Nacionais
Campeonato Brasileiro: 6
(1977, 1986, 1991, 2006, 2007, 2008)


Espaço dedicado ao pugilista Éder Jofre no memorial do clube com dois cinturões conquistados por ele. (Imagem: tales.ebner)
Regionais
x Torneio Rio-São Paulo: 1
(2001)
Estaduais
Campeonato Paulista: 21
(1931,[n.b. 4] 1943, 1945, 1946, 1948, 1949, 1953, 1957, 1970, 1971, 1975, 1980, 1981, 1985, 1987, 1989, 1991, 1992, 1998, 2000 e 2005)
Supercampeonato Paulista: 1
(2002)




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